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O antipetismo é página virada, diz Edegar Pretto, pré-candidato pelo PT ao Piratini

Deputado estadual visitou a Festa da Uva nesta quinta-feira

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
03.03.2022 - 19h24min

Brayan Martins/Divulgação
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O pré-candidato pelo PT ao Piratini, deputado estadual Edegar Pretto, visitou a Festa da Uva na tarde desta quinta-feira (3). Antes de percorrer os corredores da festa, ele concedeu uma entrevista ao Serra em Pauta. Na oportunidade, o petista avaliou o antipetismo, e comentou sobre a possibilidade de aliança com o PSB, desde que o também pré-candidato a governador Beto Albuquerque aceite o convite para ser candidato a vice ou a senador.

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Pretto descartou a viabilidade da construção de uma candidatura a presidente da chamada terceira via. Para ele, os pré-canditatos João Dória (PSDB) e Sérgio Moro (Podemos) são "bolsonaristas arrependidos".

Confira a entrevista na íntegra.

Serra em Pauta: Como avalia o antipetismo que ainda existe fortemente no Estado e qual a chance de vitória diante desse cenário de resistência?
Edegar Pretto:
 O antipetismo é página virada. Já estamos em um outro momento. A sociedade percebeu que caiu no canto da sereia quando diziam que bastava tirar o PT do poder, tirar a Dilma (Rousseff, ex-presidente), que os problemas do mundo seriam resolvidos. Muitos trabalhadores pobres que foram beneficiados com as políticas implementadas nos nossos governos acharam que poderia melhorar suas vidas e foram enganados. Hoje, a população se dá conta comparando o que era a sua vida na época dos governos do PT e o que está sendo hoje. Se o trabalhador tiver com dinheiro no bolso vai consumir mais. Se o empresário vender mais, a indústria vai produzir mais. Não é por acaso que o presidente Lula aparece em todos os cenários pesquisados como grande possibilidade de vitória, inclusive no primeiro turno, e também candidatos apoiados por ele como o (Fernando) Haddad, em São Paulo; no Rio Grande do Norte; na Bahia, o Jacques Wagner está avaliando se vai ser candidato ou não. Aqui no Rio Grande do Sul, o PT vem com grandes possibilidades de voltar ao Palácio Piratini. Vamos para o segundo turno, vamos constituir uma aliança potente. Uma coligação não se dá apenas com os partidos formais, se dá com setores da sociedade organizada, que assim como nós acha que o Rio Grande pode muito mais.

Quem é o seu principal adversário na disputa ao Piratini?
Pretto:
A gente percebe que vai haver uma polarização. Aqui no Rio Grande do Sul temos uma experiência, temos os legados dos governos Olívio Dutra e Tarso Genro, e temos o governo Eduardo Leite que é uma continuidade do governo (José Ivo) Sartori. Os dois candidatos que foram para o segundo turno (na eleição de 2018), terminou a eleição e configuraram na Assembleia a mesma base parlamentar. Todas as diferenças que pareciam ser real perante aos eleitores, elas eram uma encenação. Disputaram os dois para ver quem era mais amigo do Bolsonaro, o ex-governador Sartori era chamado de Sartonaro, por que queria se apresentar como mais próximo do capitão.

O pré-candidato ao governo do RS, Beto Albuquerque (PSB) disse em entrevista  abre aspas: “Espero que o deputado Edegar Pretto aceite ser meu vice-governador”.
Pretto:
Nós do PT vamos continuar fazendo todo o esforço possível para constituir uma frente no Rio Grande do Sul que tenha também o PSB. Queremos o PSB, PCdoB,  PDT, Psol. O PV foi o primeiro partido que declarou apoio formalmente a nossa candidatura. Já conversei com o Beto Albuquerque, já conversei com a direção do PSB, se depender do PT essa frente será constituída com ele junto. Agora quero dizer para os meus amigos do PSB que o projeto que estou encabeçando é um projeto alternativo ao do governador Eduardo Leite, e achamos que é muito difícil alguém expressar uma alternativa ao Rio Grande fazendo parte da mesma base do governador atual. Na Assembleia temos uma oposição do PT, do PDT e do Psol, mas na nossa chapa também tem lugar para o Beto Albuquerque, afinal de contas são três nomes: governador, vice e senador. Volto a dizer ao meu amigo Beto Albuquerque o que já disse: defina se quer ser vice ou candidato a senador.

Qual será sua prioridade em um eventual governo Edegar Pretto?
Pretto:
Cuidar daqueles que mais precisam de políticas públicas. Para isso, os setores produtivos do Rio Grande têm que voltar a ter no governo um parceiro e não um atrapalho. Infelizmente, o governo do Eduardo Leite assim como era o do MDB no passado foram governos que não investiram, não tiveram olhar atencioso para setores que são importantes para a geração de emprego e para a retomada positiva da economia. Na pandemia tivemos 25% das pequenas e microempresas, MEIs e trabalhadores informais que encerravam suas atividades. O governador Eduardo Leite que tem o MDB, PP, PSB, não tive nenhuma ação. A bancada do PT liderada pelo Pepe Vargas apresentou um projeto para constituir empréstimo de emergência para as microempresas com duas características: juro zero e fundo de aval garantidor como forma de desburocratizar o financiamento. Em uma das piores estiagens, pela primeira vez estamos vendo um governo sem nenhuma ação. Parece que o governador está mais preocupado com o seu futuro político – se vai ser candidato à reeleição ou à presidência do que governar o Estado. É inadmissível que no Estado como o nosso a gente conviva com a fome – 1,2 milhão pessoas estão em situação de vulnerabilidade e vivendo abaixo da linha da pobreza. Caxias do Sul aumentou 48% o número de pessoas que foi para a extrema pobreza neste período da pandemia.

A disputa para presidente da República ficará polarizada entre Lula e Bolsonaro? Ou tem espaço para uma terceira via?
Pretto:
Acho que não tem terceira via. Os (candidatos) que se apresentam como terceira via foram cabos eleitorais do Bolsonaro, são os bolsonaristas arrependidos, e por isso que não se constitui como possibilidade real de disputa da eleição. São os ex-bolsonaristas que ajudaram a construir o Brasil que temos hoje. O (governador de São Paulo, João) Dória, o próprio Sérgio Moro, um juiz impedido por que foi parcial, foi criminoso nos processos contra o Lula para tirá-lo da última disputa. Então vai ficar entre Lula e o Bolsonaro.

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